Dentre os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, seis tiveram aumento de preços, com destaque para o grupo de alimentos e bebidas. Esse grupo registrou elevação de 0,63%, mais que o dobro do registrado em outubro. A alta representou 0,13 ponto percentual no IPCA. O gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, apontou o clima como o principal fator responsável pela variação positiva de preços, destacando as temperaturas mais altas e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país.
No subgrupo de alimentação no domicílio, os preços subiram 0,75%, com destaque para o aumento nos preços da cebola, batata-inglesa, arroz e carnes. Já a alimentação fora de casa teve alta de 0,32%, menor que a registrada em outubro. Além dos alimentos, o grupo de habitação também teve impacto no aumento da inflação, com alta de 0,48% em novembro, influenciada pelos reajustes de serviços públicos, como a conta de luz e a tarifa de água e esgoto.
Os transportes tiveram alta de 0,27%, sendo as passagens aéreas o item com maior contribuição individual para o IPCA do mês, com aumento de 19,12%. No entanto, houve queda nos preços da gasolina e do etanol, contribuindo para segurar o preço dos combustíveis, que apresentaram deflação. O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que subiu 0,10% em novembro, ficando abaixo do registrado em outubro.
Dessa forma, o aumento nos preços dos alimentos e as variações nos preços dos serviços públicos e dos transportes foram os principais fatores que contribuíram para a aceleração da inflação no mês de novembro.