Os dados financeiros mencionados no levantamento são referentes à Faixa 2 do programa, que possibilita a negociação direta das dívidas bancárias com a instituição financeira em condições especiais. Essa faixa engloba clientes que possuam renda mensal superior a dois salários mínimos e inferior a R$ 20 mil, desde que não estejam cadastrados no Cadastro Único do Governo Federal.
Além disso, durante o mesmo período, cerca de 6 milhões de clientes com dívidas bancárias de até R$ 100 tiveram suas anotações negativas removidas (desnegativaram). No entanto, é importante destacar que esses números se referem apenas às instituições financeiras e não incluem as baixas de registros de outros credores não bancários. O prazo para a desnegativação foi encerrado no dia 27 de julho.
Em relação à adesão ao programa, cada banco possui sua própria estratégia de negócio e adota políticas distintas para a renegociação das dívidas. As condições para a renegociação são diferenciadas e cabem a cada instituição financeira definir as suas próprias diretrizes, de acordo com a Febraban.
Dentre os bancos públicos, o Banco do Brasil informou que as empresas vinculadas à instituição já renegociaram R$ 5,4 bilhões no primeiro mês do programa. Desse montante, mais de R$ 850 milhões correspondem à Faixa 2, R$ 4,1 bilhões são referentes às renegociações especiais oferecidas pelo próprio banco e R$ 377 milhões foram negociados através da empresa Ativos S.A, subsidiária do Banco do Brasil.
Segundo o Banco do Brasil, desde o dia 17 de julho, cerca de 608 mil clientes já refinanciaram seus débitos, sendo que aproximadamente 320 mil realizaram a renegociação por meio do banco e 288 mil por meio da subsidiária.
Já a Caixa Econômica Federal registrou um total de R$ 1,5 bilhão em dívidas renegociadas através do Desenrola. Conforme divulgado no balanço da última quarta-feira (16), o banco regularizou mais de 88 mil contratos, beneficiando 70 mil clientes. Segundo a Caixa, 92% das propostas foram renegociadas à vista. As principais modalidades de dívidas regularizadas são provenientes de operações de cartão de crédito, cheque especial e Crédito Direto ao Consumidor (CDC).