O clima entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e seu padrinho político, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), tem se deteriorado nos bastidores de Brasília. Interlocutores próximos relatam que Motta está cada vez mais incomodado com a postura de Lira, que mantém protagonismo em articulações de peso, como a pauta da anistia.
A avaliação é de que o alagoano estaria se aproveitando do momento de fragilidade do atual comandante da Casa, após desgastes na votação de matérias impopulares, para expor sua dependência e enfraquecer sua imagem. “É como se fosse um parasita crescendo no corpo do hospedeiro para se manter no poder”, resumiu uma fonte próxima às negociações.
O incômodo é evidente, mas Motta, segundo aliados, tem evitado confrontos diretos com Lira, preferindo preservar a relação com o deputado que o projetou politicamente. A estratégia, no entanto, não impede que cresçam as especulações sobre o real peso do atual presidente da Câmara nas articulações internas, em contraste com a influência persistente de seu antecessor.
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