Luiz Teixeira, de 44 anos, e sua esposa, Liliane Bernardo Rios da Silva, foram presos em 2019 sob a suspeita de terem desviado cerca de R$ 20 milhões da Saúde em um esquema de corrupção que envolveu as cidades de Barueri, Cajamar, Campo Limpo e São Roque, em São Paulo. O casal estava hospedado em um apart-hotel de luxo em São José dos Campos quando foi detido, após dois anos foragidos da Justiça.
O médico atuava como diretor da Organização Social Fenaesc, responsável pela administração da Saúde Pública em Cajamar. As investigações apontaram que os recursos desviados foram direcionados para a compra da operadora de planos de saúde Medical Rio, em Niterói (RJ), com o intuito de ocultar a transação financeira, colocando a empresa em nome de terceiros.
Além disso, Luiz Teixeira sacava constantemente valores da Medical Rio por meio de notas fiscais frias em benefício de uma empresa de fachada, localizada em Mairiporã. Este esquema possibilitava a lavagem de dinheiro e o retorno dos valores para Teixeira. O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) e em 2018 teve a prisão preventiva de Liliane Bernardo mantida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Recentemente, Pablo Marçal divulgou um laudo emitido em 2021 pela clínica Mais Consultas, de propriedade de Luiz Teixeira, que atribui o consumo de cocaína a Guilherme Boulos. No entanto, o documento foi removido pelo Instagram. Boulos alega que o laudo é fraudado e pretende solicitar a prisão de Marçal.
A relação entre Luiz Teixeira e Pablo Marçal, bem como a tentativa de envolver Boulos em um escândalo, revelam os meandros de um caso complexo que envolve corrupção, desvios milionários e falsificação de documentos. A conexão entre figuras públicas e empresários suspeitos de crimes financeiros é um alerta para a necessidade de investigações rigorosas e transparência na gestão pública.