Pela manhã, o dólar chegou a mostrar uma queda, influenciado pela valorização do minério de ferro, operando abaixo de R$ 5,10 em alguns momentos, com mínima registrada em R$ 5,0844. No entanto, no final da manhã e início da tarde, a moeda retomou a tendência de alta, atingindo a marca de R$ 5,1248.
Ao final do pregão, o dólar foi cotado a R$ 5,1168, apresentando um avanço de 0,24%. No acumulado do mês, a moeda apresenta uma queda de 1,45%. No cenário internacional, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a outras moedas fortes, manteve-se em torno dos 104,700 pontos, com ganhos moderados ao longo do dia.
Os integrantes do Fed têm reforçado a necessidade de maior confiança na desinflação contínua para que haja mudanças na política monetária. O diretor Christopher Waller reiterou essa posição, destacando que o viés da inflação é mais baixo do que alto e que não vê a necessidade de apertar ainda mais a política monetária. Waller mencionou a possibilidade de cortes adicionais nos juros no final do ano, caso os dados continuem desacelerando nos próximos meses.
Para o economista André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, a ata do Fed provavelmente não trará novidades em relação ao discurso dos dirigentes do banco central nos últimos dias. Ele avalia que, mesmo com os indicadores de atividade nos EUA apontando para uma leve desaceleração, o Fed deve manter-se cauteloso e aguardar mais dados antes de considerar cortes nos juros.
Em relação aos indicadores domésticos, a Receita Federal divulgou que a arrecadação de impostos e contribuições federais registrou um aumento real de 8,26% em abril, ultrapassando ligeiramente as projeções do mercado. No entanto, economistas acreditam que a arrecadação pode desacelerar nos próximos meses, diante de uma atividade econômica menos intensa.
Galhardo prevê um déficit primário ao redor de 0,20% do PIB para este ano, enquanto o governo tem como meta um déficit zero com uma banda entre -0,25% e +0,25% do PIB. Ele se mostra otimista em relação à arrecadação, acreditando que pode superar as expectativas do mercado. A expectativa é de que o dólar mantenha-se estável na faixa entre R$ 5,05 e R$ 5,15, aguardando novos dados econômicos nos EUA e eventuais desdobramentos no cenário geopolítico e doméstico.