A pressão vem de ministros do gabinete, incluindo figuras como Itamar Ben-Gvir, que exigem uma postura mais agressiva, forçando uma resposta clara do Exército em relação aos seus comandos políticos. Desde que assumiu o cargo, Zamir, inicialmente visto como um comandante capaz de articular uma ação ofensiva, agora encontra-se em uma posição vulnerável, especialmente diante do aumento das exigências por ações mais decisivas na região.
Embora o ministro da Defesa, Israel Katz, defenda que Zamir deve ter liberdade para expressar suas preocupações, ele também enfatiza que as diretrizes políticas devem ser rigorosamente cumpridas. Este cenário tenso ocorre em um contexto mais amplo, onde tentativas de negociação para um cessar-fogo falharam, com o Hamas reafirmando suas exigências, enquanto Netanyahu mantém uma postura firme contra as condições apresentadas para pôr fim ao conflito.
Além disso, a crise humanitária em Gaza se agrava, levando a uma situação insustentável para a população local, que já enfrenta condições deploráveis. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, embora não se posicionando claramente sobre a reocupação dos restantes 25% de Gaza, expressou a necessidade de focar em iniciativas humanitárias, delegando a decisão a Israel.
Recentemente, o governo Netanyahu tentou mitigar a pressão internacional e a crise humanitária ao facilitar a entrada de ajuda em Gaza. No entanto, esses esforços podem ser comprometidos por uma nova ofensiva militar e pela nova evacuação forçada de civis. Há também um debate interno sobre a proposta de criar “cidades humanitárias” no sul de Gaza, que foi rejeitada pelas FDI.
Analistas militares sugerem que, se a reocupação total não for aprovada, o Exército poderia recomendar uma Intensificação da campanha, com ataques direcionados, evitando, assim, a mobilização de divisões adicionais e reservistas que já estão em uma situação de desgaste. Este clima de incerteza demarca um ponto crucial na trajetória do conflito e nos esforços de paz, enquanto a comunidade internacional observa e critica as atuações de Israel na região.