Os dados indicam que, enquanto a dívida pública nas economias avançadas apresentou uma ligeira diminuição, situando-se em 134% do PIB desde o seu pico durante a pandemia de COVID-19, o cenário é mais preocupante nas economias emergentes e em desenvolvimento, onde essa proporção aumentou para 88% do PIB. Esses números refletem uma preocupação significativa, especialmente considerando que fatores como condições financeiras desfavoráveis e altos déficits primários em países-chave como China e Estados Unidos contribuem para essa dinâmica.
Num contexto ainda mais desafiador, o FMI aponta que, em um cenário adverso, a dívida global pode atingir impressionantes 115% do PIB até 2025, um aumento de quase 20 pontos percentuais em relação à estimativa base. Essa situação pode desencadear sérias repercussões para a estabilidade econômica global, levantando questões sobre a sustentabilidade da dívida e a capacidade dos países em gerenciá-la adequadamente.
Diante desse cenário preocupante, o FMI recomenda que os países em que a dívida está projetada para continuar crescendo adotem políticas fiscais mais rígidas e busquem reduzir a carga da dívida. As condições atuais, com a desaceleração da inflação e a esperada flexibilização das políticas monetárias por parte dos bancos centrais, oferecem uma janela de oportunidade. Essa orientação se aplica especialmente a nações como Brasil, França, Itália, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos, que enfrentam desafios econômicos significativos.
As implicações dessas projeções são vastas e interligadas, afetando não apenas as políticas internas dos países, mas também o panorama econômico global, exigindo um monitoramento cuidadoso e ações preventivas para evitar crises financeiras futuras. Assim, a gestão dessa dívida deve ser uma prioridade não apenas em termos de políticas fiscais, mas também considerando o fortalecimento das economias para garantir um desenvolvimento sustentável e resiliente para o futuro.