Dívida dos EUA ultrapassa US$ 36 trilhões, sinalizando crise econômica em meio à queda do dólar e fortalecimento do BRICS.



A dívida nacional dos Estados Unidos alcançou um patamar histórico, superando os impressionantes US$ 36 trilhões. Este alarmante trilhão em obrigações financeiras gera preocupações tanto entre analistas econômicos quanto entre investidores de Wall Street, que têm advertido sobre a insustentabilidade dessa dívida ao longo do tempo. Os índices revelam que, atualmente, cada cidadão americano – de crianças a adultos – carrega um fardo de aproximadamente US$ 106.600. Para os contribuintes, essa cifra sobe para mais de US$ 272.800.

A relação entre a dívida federal e o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA agora se encontra em 122,85%, um crescimento notável desde os 55,36% registrados no ano 2000 e muito além dos 34,71% vistos em 1980. Esse aumento alarmante não é uma coincidência, mas sim o resultado de uma série de fatores, incluindo gastos militares exorbitantes e intervenções em guerras que não são sustentáveis financeiramente. Ao longo das últimas quatro décadas, a falta de disciplina fiscal no Congresso também contribuiu para o desequilíbrio orçamentário, permitindo que os EUA acumulassem déficits comerciais significativos.

Outro aspecto crucial que moldou essa enorme dívida é o status do dólar norte-americano; tradicionalmente visto como uma moeda de reserva global. Essa condição, por sua vez, permitiu aos EUA se envolver em práticas de impressão de dinheiro, transferindo consequentemente as consequências dessas ações para o resto do mundo. Portanto, períodos de crise, como a recessão de 2008 e a pandemia de COVID-19 em 2020, levaram a novos resgates financeiros por parte do governo, esforços que contribuíram para aumentar ainda mais a dívida nacional.

No entanto, o cenário poderá estar mudando. Recentes tendências sugerem uma diminuição do papel do dólar nas transações comerciais globais, impulsionada por percepções de que os EUA estão utilizando sua moeda como um instrumento de pressão política e econômica contra nações como a Rússia e o Irã. Além disso, a ascensão da China como uma potência industrial, propensa a estabelecer parcerias comerciais fora da esfera de influência dos EUA, e o fortalecimento do bloco BRICS, criado por países em desenvolvimento, desafiam a hegemonia financeira americana. Este novo paradigma econômico pode compelir os líderes dos Estados Unidos a finalmente enfrentar o crescente fardo da dívida e suas implicações.

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