A transmissão na televisão estatal síria anunciou a deposição de Assad pelo grupo insurgente. Ele conseguiu escapar do país pelo Aeroporto Internacional de Damasco rumo a um destino não revelado, antes dos rebeldes invadirem a capital e das forças de segurança nacional abandonarem o aeroporto.
De acordo com a Rússia, o ditador ordenou uma transição pacífica com os grupos de oposição sírios, liderados pelos rebeldes do Hayat Tharir al-Sham. O paradeiro de Assad permanece desconhecido.
O Ministério de Relações Exteriores da Síria divulgou um comunicado celebrando um novo capítulo na história do país, prometendo a união de todos os sírios. O primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, afirmou ter mantido seu último contato com Assad no sábado e desde então não conseguiu mais contato. As forças rebeldes que entraram em Damasco declararam que colaborarão com al-Jalali.
As comemorações da queda do regime também se estenderam ao Líbano, que abriga um grande número de refugiados sírios. Os grupos rebeldes curdos e outras facções tomaram importantes cidades sírias, enfraquecendo ainda mais Assad, que fugiu para escapar da morte.
O presidente dos EUA, Joe Biden, está atento aos acontecimentos na Síria, declarando que acompanha de perto a situação extraordinária no país. O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, expressou cautelosa esperança em relação a um novo capítulo para o país, pedindo diálogo, unidade e respeito aos direitos humanos.
Assim, uma ofensiva surpreendente e rápida alterou drasticamente o cenário político na Síria, marcando a queda de uma das ditaduras mais duradouras do Oriente Médio. A população comemora nas ruas a libertação e a esperança de um futuro mais democrático e pacífico.