Dirigente do União Brasil em Suzano está foragido após ser alvo de mandado de prisão em operação do MP-SP por ligação com o PCC.

Um dirigente do União Brasil na cidade de Suzano está foragido desde terça-feira, 16, após ser alvo de mandado de prisão em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Dario Reisinger Ferreira é suspeito de integrar um grupo supostamente ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que estaria promovendo fraudes em licitações em diversas cidades do Estado.

Segundo informações obtidas, Ferreira é dono de um escritório de advocacia em Suzano e assumiu o cargo de presidente municipal do partido antes das eleições de 2024. No entanto, desde que se tornou alvo da operação do Ministério Público, o dirigente está em local desconhecido, não sendo possível localizá-lo até o momento.

A suspeita que recai sobre Ferreira baseia-se em seu envolvimento na assinatura de pedidos de impugnação de editais e licitações no Tribunal de Contas do Estado, atuando em nome de empresas suspeitas de terem sido criadas em nome de “laranjas” com o intuito de fraudar licitações. As investigações apontam que o advogado estaria agindo em benefício dessas empresas, buscando garantir contratos públicos de forma fraudulenta.

A origem da operação que culminou na busca pelo dirigente do União Brasil em Suzano partiu de uma denúncia anônima em Guarulhos, que relatou direcionamento de contratos para uma empresa específica em diversas cidades da região. A investigação aponta que servidores públicos estariam recebendo propina para favorecer as empresas envolvidas nos contratos com prefeituras e câmaras municipais.

As suspeitas também apontam para o envolvimento direto do PCC com integrantes e “laranjas” atuando como titulares de empresas sob investigação. A facção criminosa estaria deliberando sobre contratos e favorecendo empresas em disputas licitatórias, totalizando aproximadamente R$ 200 milhões em contratos suspeitos em pelo menos 12 municípios.

De acordo com informações da operação, Ferreira estaria ultrapassando os limites da atuação jurídica e aderindo a condutas ilícitas do grupo criminoso, representando interesses pessoais de integrantes do grupo em processos criminais. Além disso, a investigação aponta que o advogado estaria impugnando editais licitatórios para favorecer empresas do grupo criminoso, visando garantir vantagens nos contratos públicos.

O advogado é um dos 15 alvos da operação que tiveram pedido de prisão autorizado pela Justiça, sendo que 13 deles já tiveram as prisões cumpridas. Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito, também está foragido e é suspeito de ser um dos principais operadores do esquema de fraudes em licitações.

A operação Muditia resultou na prisão de três vereadores paulistas, sendo Flávio Batista de Souza (Podemos), Luiz Carlos Alves Dias (MDB) e Ricardo de Oliveira (PSD). A repercussão do caso tem gerado impacto não apenas para os políticos envolvidos, mas para o União Brasil e demais partidos citados nas investigações.

Até o momento, não foi possível obter retorno do diretório estadual do partido em relação ao envolvimento do dirigente foragido. A situação escandalosa envolvendo Ferreira e outros suspeitos continuará sendo acompanhada de perto, pois se trata de um caso que expõe possíveis práticas corruptas e a conexão entre a política e grupos criminosos. O desenrolar das investigações e as repercussões políticas e sociais geradas por esse escândalo serão acompanhados de perto pela imprensa.

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