No entanto, a Procuradoria de Paris informou que está investigando suspeitas de lavagem de dinheiro contra Sarkisov desde 2022 e que as investigações foram ampliadas para incluir transações imobiliárias envolvendo Arnault. De acordo com o jornal Le Monde, a investigação se baseia em um relatório da unidade de inteligência financeira do Ministério da Economia francês sobre as atividades dos dois magnatas em Courchevel, conhecida como um destino para oligarcas.
Segundo o relatório, Sarkisov adquiriu 14 propriedades imobiliárias em Courchevel por 16 milhões de euros (R$ 85 milhões) por meio de uma rede complexa de empresas na França, Luxemburgo e Chipre. Oficialmente, a empresa La Flèche era a compradora, mas o nome do oligarca não aparecia nos estatutos, embora ele fosse o proprietário verdadeiro.
Além disso, Arnault transferiu 18,3 milhões de euros (R$ 97,5 milhões) para Sarkisov para financiar essas operações. Posteriormente, Sarkisov adquiriu a empresa La Flèche, se tornando o beneficiário efetivo das propriedades. O relatório Tracfin, citado pelo Le Monde, revelou que a mudança do beneficiário efetivo das aquisições imobiliárias tinha o objetivo de ocultar o verdadeiro comprador, ou seja, Bernard Arnault.
A defesa de Arnault argumentou que é difícil imaginar que um empresário como ele, que construiu uma das maiores empresas francesas e europeias ao longo de 40 anos, se envolveria em lavagem de dinheiro para expandir um hotel. O grupo LVMH, por sua vez, recusou-se a fazer qualquer comentário sobre o assunto.
O caso continua em investigação, e as acusações de lavagem de dinheiro ainda precisam ser comprovadas. Enquanto isso, Bernard Arnault permanece como a segunda pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 187,6 bilhões (R$ 939 bilhões) segundo a Forbes, ficando atrás apenas de Elon Musk.