A coordenadora regional do Instituto na Bahia, Tailane Muniz, ressalta a urgência de repensar a política de segurança pública no estado, visando proteger os cidadãos e moradores de toda a cidade. Ela destaca que a ação policial resultou em intensos tiroteios que duraram mais de 7 horas, levando à suspensão do transporte público na região. Muniz questiona os resultados dessas operações e aponta a necessidade de uma política eficiente que atenda às expectativas da população.
Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a Polícia Militar está intensificando o policiamento na região para conter a escalada da violência e garantir a segurança da população. Durante a operação, um vasto arsenal foi apreendido, incluindo armas de fogo, drogas e balanças de precisão. A SSP destaca que as circunstâncias do confronto estão sendo investigadas pela Polícia Civil, com perícias sendo realizadas pela Polícia Técnica conforme os protocolos legais.
O Instituto Fogo Cruzado define chacina como qualquer evento em que três ou mais civis são mortos a tiros na mesma situação, independentemente da motivação. Nesse contexto, os números mostram que Salvador lidera o ranking das ocorrências na Bahia, com diversas chacinas registradas desde 2022. Entre os bairros da capital, Águas Claras foi o que mais registrou esse tipo de violência. Além disso, a ONG destaca que a maioria das vítimas são homens adultos mortos dentro de suas residências, bares, automóveis ou eventos.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental a reflexão sobre as estratégias e ações das forças de segurança para garantir a segurança da população, evitando novas tragédias como a ocorrida em Fazenda Coutos. A articulação entre instituições públicas, organizações da sociedade civil e a comunidade é essencial para o desenvolvimento de políticas eficazes e preventivas que buscam a proteção e promoção dos direitos humanos de todos os cidadãos baianos.