Esses dados foram divulgados durante a 22ª Conferência do Observatório Internacional da Democracia Participativa 2023 (OIDP), onde foi apresentada a 3ª edição do Mapa da Mulher Carioca, elaborado pela Secretaria Municipal de Políticas e Promoção da Mulher do Rio (SPM-Rio).
Entre as violências interpessoais mais registradas nas mulheres de 20 a 59 anos, residentes na cidade do Rio de Janeiro, prevaleceram as violências físicas, seguidas por violências psicológicas e sexuais. O mapa alertou que uma mulher sofreu pelo menos uma violência interpessoal a cada hora.
Em relação ao perfil dos agressores, 76,3% eram do sexo masculino e 64,3% eram parceiros íntimos ou pessoas conhecidas.
Além disso, foram notificados 2.773 casos de violência contra crianças com até 9 anos de idade, sendo a maioria delas negras. Já em relação a pessoas idosas, as violências equivalem a três notificações por dia.
O mapa também apontou um aumento nos casos de feminicídios, sendo que 60% dos casos ocorreu no ambiente doméstico, enquanto estupros ocorreram em 86,7% das vezes na residência da vítima.
O mapeamento das violências contra as mulheres também mostrou que as regiões de Guaratiba, no centro, e o perímetro portuário, junto aos bairros de Santa Cruz e da Barra da Tijuca, apresentaram taxas acima de 500 casos por 100.000 habitantes.
Adicionalmente, o Mapa da Mulher Carioca apontou a diferença salarial entre homens e mulheres, assim como o número crescente de mulheres em situação de rua.
Diante desse contexto, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ressaltou a importância do mapeamento da situação das mulheres cariocas para basear políticas públicas eficientes. Enquanto isso, a secretária municipal de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, reafirmou o compromisso da Secretaria com todas as cariocas em sua diversidade.