De acordo com informações do Ministério dos Povos Indígenas, no último fim de semana houve pelo menos dois ataques a indígenas. O primeiro ocorreu em Douradina, a cerca de 195 quilômetros de Campo Grande, enquanto o segundo aconteceu na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I, abrangendo parte dos territórios de Amambai, Caarapó e Laguna Carapã.
Durante esses confrontos, um indígena foi atingido por um tiro em uma das pernas, enquanto uma jovem também foi ferida por um disparo na perna. Essas situações são alarmantes e exemplificam a tensão presente nessas disputas de terras. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) delimitou a Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica em 2011, no entanto, processos judiciais impedem sua conclusão, assim como a contestação dos proprietários rurais dos 56 mil hectares da Terra Indígena Amambaipegua I. Essas disputas estão longe de serem resolvidas e continuam gerando conflitos.
A escalada da violência preocupa a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), que expressou sua apreensão pela insegurança jurídica que persiste no estado. A entidade ressalta que é fundamental encontrar uma solução pacífica para os conflitos, protegendo tanto os indígenas quanto os produtores rurais.
Além de Mato Grosso do Sul, a ação dos ministérios também contemplará o Paraná, onde indígenas foram atacados a tiros. No entanto, a presença da Força Nacional de Segurança Pública não intimidou os agressores. A situação se repete no Rio Grande do Sul, onde indígenas kaingang sofreram dois ataques em menos de cinco dias.
Neste contexto, torna-se evidente a importância de se buscar soluções efetivas e harmoniosas para resolver esses conflitos fundiários, garantindo a segurança e os direitos de todos os envolvidos. A atuação dos ministérios visa justamente a mediar essas disputas e evitar que mais atos de violência ocorram, protegendo as comunidades indígenas e garantindo a paz no campo.