Segundo o diagnóstico, a Região Sudeste concentra 62% dessa população, sendo que o Distrito Federal é a unidade federativa com o maior percentual de pessoas em situação de rua, representando três entre cada mil habitantes. O perfil dessa população é majoritariamente composto por homens (87%), adultos (55%) e negros (68%).
Além disso, o estudo revela que essas pessoas são mais propensas a sofrerem violações de direitos humanos, especialmente homens negros e jovens. Pessoas pardas (55%) e pretas (14%) representam 69% das vítimas, e a faixa etária mais atingida é de 20 a 29 anos (26%), seguida dos 30 a 39 anos (25%). A violência física é o tipo mais frequente de violação, representando 88% das notificações em 2022, seguida da violência psicológica (14%).
O relatório aponta também a necessidade de uma articulação interministerial para a construção de políticas públicas voltadas para essa população, envolvendo diversas pastas como Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Trabalho e Emprego; Educação; Saúde; Justiça e Segurança Pública; e Cidades. É considerado crucial fortalecer a atuação dos centros de Referência de Assistência Social (Cras) e de outros equipamentos, serviços, programas e projetos de assistência social básica, a fim de prevenir situações de vulnerabilidade e risco, além de fortalecer vínculos familiares e comunitários.
Outros pontos destacados no relatório incluem o fortalecimento do acesso a emprego e renda, garantia de direitos básicos como documentação e educação, além de um olhar voltado para o uso de drogas como problema de saúde pública.
Em caso de denúncias de violações de direitos humanos, a população pode utilizar o Disque 100, vinculado à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, também é possível fazer denúncias por meio do WhatsApp (61) 99611-0100, por videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e pela Ouvidoria.
Vale ressaltar que os números apresentados são baseados em informações disponíveis nos cadastros nacionais, porém, não foi mencionada a fonte específica que gerou esses dados.