Durante o protesto, os participantes pintaram a frase “Ainda estamos aqui” no asfalto, em referência ao filme que conta a história da família Paiva, e exibiram cartazes com fotos de Rubens Paiva e de outros mortos e desaparecidos durante o regime militar, principalmente ligados a movimentos estudantis, como Helenira Resende, Honestino Guimarães e Edson Luís.
A organização responsável pelo protesto declarou que a intenção era aproveitar a visibilidade do filme para pedir a revisão da Lei da Anistia, excluindo crimes como ocultação de cadáver e desaparecimento forçado. Além disso, os ativistas exigem que os militares que atuaram como torturadores durante a ditadura sejam expulsos das Forças Armadas e percam os benefícios da carreira militar.
Em 2014, a Comissão da Verdade concluiu que o general Belham foi um dos responsáveis pela morte de Rubens Paiva, com base em provas documentais e depoimentos de ex-agentes da repressão. Apesar de Belham afirmar que não tinha conhecimento das torturas contra Paiva e estar de férias na época da morte do ex-deputado, a comissão desmentiu seu depoimento com base nas evidências coletadas.
Após o depoimento, Belham foi denunciado pelo Ministério Público Federal juntamente com outros quatro militares, mas o processo foi arquivado com base na Lei da Anistia. Atualmente, o caso está sendo reanalisado pelo Supremo Tribunal Federal. Apenas dois dos acusados ainda estão vivos, o general Belham e o major reformado Jacy Ochsendorf e Souza.
O Levante Popular da Juventude reforça em suas redes sociais que não esquecerá e continuará lutando por justiça para Rubens Paiva e todos os que morreram lutando por democracia durante a ditadura militar. A organização acredita que somente com a justiça será possível construir uma sociedade verdadeiramente democrática e superar esse período sombrio da história do país.