Em seu discurso, o presidente afirmou que sua gestão continuará trabalhando para legalizar e entregar todas as terras sob responsabilidade do governo nos próximos dois anos. Ele expressou o desejo de deixar como legado o maior número possível de autorizações de terras indígenas.
Lula também enfatizou que as decisões de demarcação são baseadas em estudos realizados por profissionais da área da antropologia, evitando qualquer polêmica sobre a legitimação das terras para a comunidade indígena.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, presente no evento, destacou que a demarcação encerrou uma longa controvérsia e cumpre um dever constitucional de proteger as terras dos povos indígenas. Ele ressaltou que a definição também contribui para a preservação do meio ambiente.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, lembrou que o governo tinha como meta inicial homologar 14 territórios e que a terra indígena Potiguara de Monte-Mor foi a 13ª a ser contemplada nesse processo. Ela demonstrou confiança de que até o final do ano a meta de 100% das homologações será alcançada.
Guajajara também destacou a importância das desintrusões, que são a retirada de pessoas que ocupam ilegalmente áreas indígenas, ressaltando que o governo já conseguiu realizar integralmente cinco dessas ações. Ela alertou para situações preocupantes de invasões em áreas demarcadas e destacou a demarcação como um passo fundamental para garantir a segurança, gestão e qualidade de vida dos povos indígenas em seus territórios.