Durante a cerimônia, realizada em uma capela na zona leste da capital paulista, o ministro da Justiça, Flávio Dino, ressaltou a importância do trabalho social realizado pelo padre Júlio Lancellotti. Segundo ele, esse trabalho é considerado de justiça e segurança pública, pois a segurança só é alcançada quando todos têm seus direitos garantidos. Ele enfatizou que a polícia não é capaz de resolver todos os problemas e que a paz só é alcançada por meio da justiça.
O padre Lancellotti é pároco da Igreja São Miguel Arcanjo, também localizada na zona leste, e atua há 40 anos em defesa das populações desprotegidas socialmente. Durante a missa celebrada neste domingo, ele destacou a falta de acesso à água potável por parte da população em situação de rua em várias regiões do Brasil. O padre também defendeu uma justiça social equitativa, onde todas as pessoas tenham acesso ao necessário para viver.
A decisão de homenagear o padre veio após a divulgação de ameaças que ele vinha sofrendo desde agosto. O pedido para a condecoração partiu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Flávio Dino afirmou que o trabalho social realizado pelo padre Júlio é fundamental para São Paulo e para o Brasil. Ele o descreveu como uma inspiração para a cidadania e pediu para que os governantes também pratiquem esses princípios positivos.
Durante a celebração, o autor do bilhete com ameaças e ofensas deixado na porta da igreja foi identificado por meio das imagens das câmeras de vigilância. O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida, também elogiou a atuação do padre Lancellotti, dizendo que ele é um “farol” para as ações do seu ministério.
A medalha da Ordem do Mérito, no Grau Grã-Cruz, é uma honraria de grande importância e reconhecimento para o padre Júlio Lancellotti, que dedicou sua vida ao auxílio e defesa das populações marginalizadas. Sua atuação inspira não apenas os brasileiros, mas também os governantes, a praticarem a justiça e a misericórdia em suas ações.
