De acordo com informações do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o total de violações verificadas também aumentou, passando de 3,4 milhões em 2023 para 4,3 milhões em 2024. Isso indica que cada denúncia pode envolver mais de um tipo de violação, ampliando o impacto desses crimes.
Entre as violações mais comuns estão a violação à integridade por negligência, com 464,3 mil ocorrências, seguida por tortura psíquica (389,3 mil) e violação à integridade física com exposição de risco à saúde (368,7 mil). Esses dados mostram a gravidade das situações denunciadas e a necessidade de enfrentamento desses problemas em diferentes esferas.
Ao analisar o perfil das vítimas, observa-se que a maioria é do gênero feminino (372,3 mil), de origem branca (261,6 mil) e com idade entre 70 e 74 anos (32,5 mil). Além disso, a grande maioria das violações ocorreu na residência da vítima e/ou do suspeito, evidenciando a necessidade de proteção e intervenção nesses ambientes.
É importante ressaltar que, apesar da vulnerabilidade das vítimas, houve uma diminuição de 2,9% no total de vítimas do gênero feminino em comparação com o ano anterior. Por outro lado, em 2024, as mulheres passaram a liderar como suspeitas de agressão, sinalizando uma mudança no perfil dos agressores.
Os dados também destacam as unidades federativas com maior número de denúncias, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais os estados com maior volume de acionamentos. Essas regiões também concentram o maior número de violações de direitos humanos, alertando para a urgência de medidas de proteção e conscientização.
O Disque 100 continua sendo um importante canal para denúncias e combate às violações de direitos humanos, oferecendo diferentes formas de contato para que a população possa relatar situações de violência e abuso. As denúncias são encaminhadas para órgãos competentes, como delegacias, Ministério Público e Centros de Referência de Assistência Social, visando a proteção e garantia dos direitos das vítimas.
