DIREITOS HUMANOS – MTE resgata 3.190 trabalhadores em situação de escravidão no Brasil em 2023, destacando cultivo de café como setor com maior número.


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou o resultado do balanço de 2023 que apontou o resgate de 3.190 trabalhadores em situação de trabalho análogo à escravidão no Brasil ao longo do ano passado. Esse número representa o maior número de resgates em 14 anos, de acordo com a pasta. Foram fiscalizados 598 estabelecimentos urbanos e rurais, resultando no pagamento de R$ 12,8 milhões em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados após a atuação dos auditores federais.

Os estados que apresentaram os maiores números de resgates foram Goiás, com 739 trabalhadores resgatados, Minas Gerais, com 651 resgates, e São Paulo, com 392. Minas Gerais foi o estado com mais ações realizadas, totalizando 117 fiscalizações. Os setores que mais registraram trabalhadores em situação de escravidão foram o cultivo de café, com 302 resgates, e a cana-de-açúcar, com 258.

A Região Sudeste foi a que registrou o maior número de ações e resgates, com 225 estabelecimentos fiscalizados e 1.153 trabalhadores resgatados, seguida pelo Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte. Desde que foram criados os grupos de fiscalização móvel em 1995, o número de trabalhadores flagrados em situação análoga à escravidão chegou a 63,4 mil.

A fiscalização é coordenada pelo MTE por meio do Grupo Móvel, em parceria com outros órgãos como as polícias Federal e Rodoviária Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal, entre outras instituições. Além disso, o combate ao trabalho escravo conta com a possibilidade de denúncias feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê.

O balanço ainda detalhou os números de resgates por estado, com um total de 3.190 resgates. O relatório apontou que Goiás, Minas Gerais e São Paulo lideram nesse quesito, demonstrando a abrangência do problema em diferentes partes do país.

Esses dados reforçam a importância do trabalho do MTE e de seus parceiros na luta contra o trabalho análogo à escravidão e evidenciam a necessidade contínua de fiscalização e combate a essa prática no Brasil.

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