O principal objetivo da missão é prestar apoio aos povos indígenas na região, além de ouvir as demandas das comunidades afetadas e tentar combater o aumento da violência, que inclui ameaças, agressões e incêndios criminosos. Em um incidente ocorrido em agosto, fazendeiros armados atacaram indígenas avá guarani na Tekoa Yhovy, no município de Guaíra (PR), resultando em seis pessoas internadas.
O Coletivo de Solidariedade e Compromisso com os Povos Guarani foi o responsável pela organização da missão, sendo um grupo formado por diversas organizações indigenistas, de direitos humanos e movimentos sociais, como a Comissão Arns, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Aty Guasu, Campanha Contra a Violência no Campo, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Rede de Apoio e Incentivo Socioambiental (Rais). A segurança da missão contará com a escolta da Polícia Rodoviária Federal.
Além dos representantes das entidades já citadas, também estarão presentes na missão representantes dos ministérios dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e da Defensoria Pública da União (DPU).
As visitas estão agendadas para ocorrer nos municípios de Terra Roxa e Guaíra, no oeste do Paraná, e em Dourados, no Mato Grosso do Sul. A presença de toda essa equipe demonstra a importância atribuída pelos órgãos competentes às questões envolvendo os direitos e a segurança dos povos indígenas nessas regiões.