Durante o programa “Bom dia, Ministra”, a ministra enfatizou que ignorar essa parte da história é extremamente cruel para o povo negro. Ela ressaltou o empenho do Ministro da Educação, Camilo Santana, em fazer com que a aplicação da Lei 10.639 se torne realidade em mais instituições de ensino. Anielle também comentou sobre o tema da redação do Enem deste ano, que abordou os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, destacando a importância da visibilidade dada às pautas e às lutas do povo negro.
Além disso, o governo lançou o programa “Caminhos Amefricanos”, uma iniciativa de intercâmbio entre países latino-americanos e africanos para estudantes de licenciatura e docentes. A formatura da primeira turma de 150 docentes que participaram do programa está prevista para o próximo dia 21. O objetivo é que esses professores retornem às salas de aula com mais bagagem sobre a história e a cultura dos países envolvidos.
No contexto do mês da consciência negra, Anielle Franco também abordou outras agendas do ministério, como a aceleração da titulação de terras quilombolas, a participação em fóruns internacionais para levantar a pauta da igualdade racial e o combate à violência política de gênero e raça. A ministra anunciou ainda o lançamento de um edital de R$ 30 milhões em parceria com o BNDES para fortalecer quilombos na Amazônia.
Por fim, Anielle ressaltou a importância do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, que será comemorado no próximo dia 20 de novembro como feriado nacional. Essa data marca a morte do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, um símbolo de resistência contra a escravização negra no Brasil. Novos editais estão previstos para o próximo ano, ampliando as oportunidades de intercâmbio e fortalecendo o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
