No evento de lançamento, foi destacada a importância da data que se aproxima: o Dia Nacional de Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro. Esta data foi criada em 2004 para promover o orgulho, a existência, a conscientização e a resistência das pessoas trans e travestis.
Um dos pontos abordados durante o evento foi a alarmante estatística de assassinatos de pessoas trans e travestis no Brasil. No ano anterior, foram registrados 122 casos, conforme dados apresentados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). A presidenta da Antra, Bruna Benevides, durante sua fala, ressaltou a importância de interromper as dinâmicas de violência e opressão que atingem essa comunidade.
Para Fabián Algarth, coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades IBRAT, é fundamental lembrar ao Estado suas obrigações constitucionais de garantir a dignidade de todas as pessoas, incluindo o acesso a serviços básicos como segurança, saúde, educação e moradia.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, enfatizou a necessidade de atuação conjunta de parlamentares comprometidos com os direitos humanos para transformar a cultura política autoritária. Ela também ressaltou que as lutas contra a transfobia, o racismo e a desigualdade não são apenas causas identitárias, mas sim estruturantes para a sociedade como um todo.
Em sua fala, a ministra citou um discurso de Martin Luther King sobre a “terra prometida” e destacou a importância de continuar lutando mesmo que os resultados não sejam imediatos, pois cada geração contribui para a construção de um mundo mais justo e igualitário.
Portanto, o lançamento da “Agenda de Enfrentamento à Violência contra as Pessoas LGBTQIA+” representa um passo importante na busca por igualdade e respeito para a comunidade LGBTQIA+, reforçando a importância da conscientização e da ação para combater a discriminação e a violência.