Denominada como “Darlah Farias”, a casa recebeu esse nome em homenagem a uma advogada e ativista paraense que faleceu recentemente. Darlah Farias, mulher negra e lésbica, era engajada na luta contra o racismo e a lesbofobia através do Coletivo Sapato Preto e da Coalizão Negra por Direitos. Ela deixou um legado de resistência e empenho na defesa dos direitos humanos.
Durante a cerimônia de lançamento, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, ressaltou a importância dessa ação como uma forma de preservar a memória e reconhecer as batalhas travadas por tantos indivíduos e grupos ao longo do tempo. Ao mesmo tempo, afirmou que o objetivo é proporcionar uma vida digna e melhor para as gerações futuras.
Essa ação faz parte do Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de Acolhimento LGBTQIA+ e da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+. A iniciativa visa fortalecer as casas de acolhimento existentes por meio de investimentos financeiros para compra de materiais e contratação de profissionais para assistência e formação dos envolvidos.
A vulnerabilidade social enfrentada pela população LGBTQIA+, decorrente de diversos fatores como violência, problemas de empregabilidade e conflitos familiares, muitas vezes resulta na expulsão dos lares e na falta de apoio social. Diante disso, a iniciativa do governo federal de investir na construção de uma casa de acolhimento no Pará com um valor de R$ 611 mil demonstra o comprometimento com a promoção dos direitos e do bem-estar dessas pessoas.
Em suma, a criação dessa casa de acolhimento público representa um passo importante na garantia de proteção e acolhimento para a comunidade LGBTQIA+, respaldando a luta pela inclusão e igualdade de direitos.