As atividades econômicas com o maior número de empregadores incluídos foram o trabalho doméstico, o cultivo de café, a criação de bovinos, a produção de carvão e a construção civil. Os empregadores foram identificados durante fiscalizações realizadas pelos auditores do trabalho do MTE, que contam com a colaboração de diversos órgãos, como a Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal.
Durante as ações de fiscalização, os auditores lavram autos de infração para cada irregularidade trabalhista encontrada, atestando graves violações de direitos. A inclusão no Cadastro de Empregadores só ocorre após a conclusão do processo administrativo que avalia as irregularidades relacionadas ao trabalho análogo à escravidão. De acordo com o MTE, os nomes permanecerão na Lista Suja por dois anos, sendo que nesta atualização, 50 empregadores foram retirados após cumprir o período de publicação.
O governo brasileiro reitera o compromisso de erradicar todas as formas modernas de escravidão, em conformidade com as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8.7 da ONU, que busca garantir trabalho decente para todos. Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas anonimamente através do Sistema Ipê Trabalho Escravo, uma plataforma criada em parceria com a OIT.
Qualquer pessoa pode utilizar o Sistema Ipê para reportar casos de exploração da mão-de-obra, garantindo o anonimato e a segurança dos denunciantes. Além disso, outra opção é acionar o Disque 100, um serviço gratuito e disponível continuamente para denúncias de violações de direitos humanos.
Com a divulgação da Lista Suja, o governo busca reprimir atos de escravidão moderna e garantir que empregadores que se beneficiam desse tipo de prática sejam responsabilizados. A sociedade como um todo deve estar atenta e colaborar para combater essa grave violação dos direitos humanos.