DIREITOS HUMANOS – Influenciador Hytalo Santos e marido são presos em São Paulo; MP requer bloqueio de bens por trabalho infantil e exploração sexual estimados em R$ 20 milhões.

O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) tomou uma medida drástica ao solicitar à Justiça o bloqueio de bens do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente. A ação foi motivada após a prisão do casal, ocorrida na última sexta-feira (15), em uma residência localizada em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo.

Hytalo Santos enfrenta graves acusações, incluindo trabalho infantil nas redes sociais, exploração sexual de menores e tráfico humano voltado para a exploração infantil. A solicitação do MPT-PB abrange o bloqueio de cinco veículos de luxo, empresas e outros bens, com um valor total que pode chegar a R$ 20 milhões. Esta quantia, segundo o comunicado oficial, tem como objetivo cobrir possíveis indenizações por danos morais coletivos, além de servir para a reparação e assistência às vítimas envolvidas.

O influenciador é conhecido por sua vinculação à empresa Fartura de Prêmios, associada à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep). Investigadores acreditam que Hytalo utilizou sua influência e a grande audiência em suas plataformas para promover uma série de rifas e sorteios, que teriam como base a exploração do trabalho infantil nas redes sociais. Essa estratégia foi vista como uma forma de alavancar vendas através do uso indevido de crianças e adolescentes, colocando suas imagens em situações consideradas inadequadas para suas idades.

As prisões de Hytalo e Israel foram determinadas por um juiz na Paraíba após denúncias feitas pelo influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. Ele alegou que o casal usava perfis nas redes sociais com a presença de menores em cenários impróprios para a faixa etária, visando aumentar o engajamento e, consequentemente, monetizar seus canais.

Diante das acus ações, a sociedade civil se pergunta sobre a responsabilidade de plataformas digitais na fiscalização do conteúdo, já que este caso levanta importantes questões sobre a proteção de crianças e adolescentes na era digital. As repercussões deste caso continuarão a ser acompanhadas de perto à medida que mais informações se tornam disponíveis.

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