Ao longo dos anos, foram superadas todas as contestações sobre a ocupação da terra por pareceres jurídicos do próprio governo, em 2012. Recentemente, o grupo realizou um ato na Praça dos Três Poderes contra a tese do marco temporal, aprovada pelo Congresso Nacional e considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, fato que deverá levar à invalidação do texto legal em novo julgamento.
A Terra Indígena Tupinambá de Olivença, localizada nos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, possui cerca de 47,3 mil hectares e abriga 23 comunidades, com aproximadamente 8 mil indígenas. O território desempenha um papel fundamental na preservação da Mata Atlântica na região, porém, é constantemente alvo da cobiça de setores agrícolas.
As lideranças indígenas Tupinambá têm enfrentado ameaças e violência ao longo do processo de demarcação. O Ministério dos Povos Indígenas expressou interesse no desfecho da emissão da Portaria Declaratória da TI Tupinambá de Olivença, ressaltando a importância de pacificar conflitos fundiários na região. Já o Ministério da Justiça, responsável pela publicação da portaria, ainda não se pronunciou sobre o assunto.
O Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoíba), liderado por Jaborandy Tupinambá, enfatizou que não há mais impedimentos jurídicos para a assinatura da portaria declaratória, destacando que o principal obstáculo é o problema político que tem atrasado o processo. A demarcação das terras indígenas tem sido alvo de críticas por parte do movimento indígena, que espera uma maior celeridade nesses processos. A expectativa é que a demarcação das terras dos Tupinambá seja finalmente concretizada, garantindo a proteção e preservação desse importante território.