DIREITOS HUMANOS – Guia Inédito Oferece Dicas para Adolescentes Navegarem com Segurança na Internet e Combater Desinformação e Cyberbullying.

Na busca por fornecer informações que ajudem os jovens a navegar com segurança na internet, o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) lançou o guia intitulado “Internet com Responsa Só para Adolescentes: Proteção no Uso da Internet”. A apresentação do material ocorreu durante o 10º Simpósio de Crianças e Adolescentes na Internet, um evento que se encerra em São Paulo. Este guia é fruto de um trabalho colaborativo que envolveu conversas com adolescentes de várias partes do Brasil, visando entender melhor os desafios que enfrentam ao utilizar plataformas digitais.

O documento traz orientações práticas que buscam promover um uso mais consciente e seguro da internet. Entre os temas abordados estão questões fundamentais como privacidade, combate à desinformação, saúde mental, inteligência artificial e os perigos do cyberbullying. Mariana Venâncio, advogada do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, destacou a importância do guia como uma ferramenta que não apenas conscientiza, mas também empodera os adolescentes na busca por uma navegação responsável.

A elaboração do guia foi possível graças a escutas atentas de crianças e jovens entre 9 e 17 anos. Harika Merisse Maia, diretora de Projetos da Rede Conhecimento Social, ressaltou a coragem do NIC.br em abrir espaço para que os adolescentes compartilhassem suas experiências e sugestões. Os dados obtidos durante essas conversas foram reveladores. Por exemplo, meninos e meninas mais novos frequentemente utilizam celulares por meio das contas dos pais, principalmente para jogos offline e assistir a vídeos. Já os adolescentes mais velhos costumam fazer compras e usar redes sociais, o que os expõe a situações de risco, como apostas e conteúdos inapropriados.

Os jovens entrevistados também contribuíram com recomendações sobre o uso seguro da internet. Apontaram, por exemplo, a necessidade de estabelecer limites de tempo de tela. Surpreendentemente, muitos deles evidenciam um desejo de que os pais estejam cientes de suas atividades online, desde que sua privacidade não seja excessivamente invadida. As recomendações adicionais incluem a importância do acompanhamento adaptado à idade, o estabelecimento de regras de maneira dialogada, exemplos de usos inadequados e suas consequências, a criação de um espaço seguro para busca de ajuda e incentivo a atividades presenciais que afastem os jovens das telas.

Assim, o guia não só se apresenta como um recurso informativo, mas também como um convite ao diálogo entre pais e adolescentes, visando uma convivência saudável no vasto mundo digital.

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