DIREITOS HUMANOS – Governo pretende ter cadastro único eficiente até o fim do ano, afirma ministro do Desenvolvimento Social

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou nesta terça-feira (26) que o governo está trabalhando para ter um cadastro único (CadÚnico) “eficiente” até o final do ano. O CadÚnico é responsável por reunir as informações dos beneficiários dos programas sociais do governo federal.

Durante um evento sobre o programa Bolsa Família, no Rio de Janeiro, Dias destacou a importância de atualizar o Cadastro Único, que ele chamou de “cérebro” de toda a política social brasileira. Segundo o ministro, atualmente existem mais de 94 milhões de pessoas cadastradas, de todas as idades, e é feito um acompanhamento mensal dessa população. Ele ressaltou que somente em dezembro será possível ter um cadastro eficiente e atualizado, que permitirá que a transferência de renda chegue às pessoas que realmente necessitam.

Durante a entrevista coletiva, o ministro também abordou os 20 anos do Bolsa Família, que serão comemorados no próximo mês, e defendeu que o programa não seja separado das demais políticas sociais. Segundo ele, separar a transferência de renda das demais políticas é um desperdício e destacou que a pandemia agravou a situação da população em situação de rua e de pobreza no país. Ele ressaltou a importância de reconstruir e fortalecer esses sistemas para melhorar a situação dessas pessoas.

Dias ainda revelou que o objetivo do governo é reduzir o número de beneficiários do Bolsa Família a cada ano, mas isso deve ocorrer devido ao sucesso do programa. Ele afirmou que quando 1 milhão de pessoas são retiradas do programa devido a um aumento de renda, isso representa uma economia de R$ 8,4 bilhões por ano, resultado do crescimento da renda dessas famílias.

Questionado sobre o fim do pagamento do mínimo familiar de R$ 600 por família, o ministro afirmou que não há previsão para isso e ressaltou que o programa foi readequado para não prejudicar as famílias mais numerosas em detrimento das famílias com apenas uma pessoa. Ele mencionou a inclusão do mínimo per capita, no valor de R$ 142 por pessoa, para corrigir desigualdades entre as famílias. No entanto, Dias afirmou que a intenção é valorizar cada vez mais o per capita, sem deixar de garantir o valor mínimo de R$ 600 por família.

O governo continua buscando formas de aprimorar os programas sociais e garantir que a transferência de renda chegue às pessoas mais necessitadas. O CadÚnico é um instrumento fundamental para mapear e acompanhar a situação socioeconômica da população brasileira, e sua eficiência é crucial para que os recursos cheguem onde são realmente necessários.

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