Recentemente, no dia 4 de setembro, um outro voo de repatriação desembarcou no mesmo aeroporto com 100 pessoas, marcando a vigésima operação desse tipo realizada apenas em 2023. Desde fevereiro, mais de 1.800 cidadãos brasileiros retornaram em decorrência de operações humanitárias organizadas pelo governo federal, sendo a grande maioria oriunda dos Estados Unidos.
As estatísticas indicam que o fluxo de deportações tem aumentado significativamente. Desde agosto do ano passado, os Estados Unidos têm enviado, semanalmente, um voo com imigrantes considerados ilegais pelo governo americano, mudando a frequência anterior, que era de um voo a cada 15 dias.
Para recepcionar os repatriados, uma equipe interministerial estará presente no aeroporto. Essa iniciativa faz parte de um acolhimento humanizado que oferece alimentação, kits de higiene, apoio psicossocial e transporte para as residências dos repatriados. O programa, conhecido como “Aqui é Brasil”, visa proporcionar um retorno digno e solidário a brasileiros que enfrentam a deportação.
A operacionalização dessa iniciativa envolve a colaboração de diversos órgãos federais, incluindo o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, as Relações Exteriores, e outras entidades que trabalham em conjunto, desde a Polícia Federal até organismos internacionais como a Organização Internacional para as Migrações. A meta desse esforço é criar uma resposta articulada e humanizada diante das situações de deportação e repatriação forçada, reafirmando o compromisso do Estado com os direitos humanos e a dignidade dos cidadãos que retornam ao Brasil.
Conforme dados da Polícia Federal, até agosto deste ano, 1.659 brasileiros foram deportados dos Estados Unidos, número que está próximo do total de deportações registradas no ano anterior, quando 1.660 brasileiros enfrentaram a mesma situação. A crescente frequência dessas operações evidencia a necessidade de um acolhimento que respeite a dignidade e os direitos dos cidadãos afetados.