DIREITOS HUMANOS – Expansão de certidões de óbito reconhece vítimas da ditadura no Brasil: “É algo histórico”, afirma ex-ministro Nilmário Miranda.



O ex-ministro dos Direitos Humanos e atual assessor especial da pasta, Nilmário Miranda, destacou a importância da expedição de novas certidões de óbito para as vítimas da ditadura no Brasil. Segundo Miranda, essa conquista representa um marco na luta por memória e justiça, reconhecendo que os mortos e desaparecidos foram vítimas da ação violenta dos agentes do Estado. Ele prevê que esses documentos serão entregues às famílias nos próximos dias.

Nesta semana, Nilmário participou de eventos em locais como o Forte do Barbalho, em Salvador, e prédios públicos em São Paulo, que foram palco de violações, torturas e mortes durante a ditadura. Além disso, ele ressaltou o impacto do filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, na abertura de discussões sobre como a ditadura afetou famílias como a de Rubens Paiva, assassinado em 1971.

Outro ponto abordado por Nilmário foi a retomada da investigação da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976. Ele destacou a importância de revisitar esses casos e buscar a verdade histórica, mencionando a abertura de um procedimento pela Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Miranda também falou sobre a intenção do governo de transformar espaços marcados pela ditadura em locais de educação e conscientização sobre esse período sombrio da história do Brasil. Ele citou exemplos como o Memorial do Delegado Fleury, em São Paulo, e a Casa da Morte, em Petrópolis, que serão convertidos em centros de memória para lembrar o que ocorreu durante a ditadura militar.

Em suas declarações, Nilmário Miranda compartilhou sua experiência pessoal de ter sido preso e torturado duas vezes durante a ditadura, destacando a crueldade e as violações dos direitos humanos que testemunhou nos presídios por onde passou. Por fim, ele ressaltou a importância de preservar a memória desses locais para garantir que as novas gerações conheçam a história do Brasil e evitem que atrocidades como essas se repitam no futuro.

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