Os ambientes em que essas situações de discriminação foram mais frequentes foram o local de trabalho, com 31% dos relatos, seguido por locais públicos, com 26%, e enquanto faziam compras, com 24%. A cor da pele foi apontada como fator motivador da discriminação por 11% dos participantes, enquanto 10% mencionaram a etnia ou raça.
Para compor a amostragem, foram incluídos quatro grupos minoritários: mulheres, negros (pretos e pardos), pessoas com deficiências (PCDs) e comunidade LGBTQIA+. O objetivo era captar a percepção desses grupos em relação à diversidade, equidade e inclusão de uma marca.
Um dado relevante da pesquisa foi a necessidade apontada pelos participantes de que as marcas promovam ativamente a diversidade e a inclusão, atingindo não apenas os negros (pretos e pardos), mas toda a sociedade. Natura, Avon e Nike foram destacadas como as marcas que mais contribuem para a representatividade negra e para a oferta de produtos para clientes não brancos.
No entanto, a pesquisa evidenciou que apenas 20% dos entrevistados se veem representados sempre em veículos de comunicação. A maioria, 69%, afirmou se enxergar algumas vezes, enquanto 6% disseram nunca se sentirem representados.
Os relatos de discriminação não se limitam aos números da pesquisa. Casos como o de Kleber Pessoa, profissional da área de desenvolvimento de jogos digitais, que foi vítima de racismo em uma loja de artigos para animais, evidenciam a realidade vivida por muitos brasileiros negros. A necessidade de combater a discriminação e promover a inclusão se torna cada vez mais urgente, diante dos relatos de injustiça e preconceito que ainda persistem em nossa sociedade.