A defensoria também constatou más condições de higiene, água inadequada para consumo e denúncias de que a alimentação é insuficiente e, por vezes, estragada. Durante a visita, foi verificada a infestação de baratas e pernilongos, e as presas relataram que os itens de higiene são entregues em quantidades insuficientes ou em condições inadequadas.
Para a defensora pública Camila Galvão Tourinho, a equipe de saúde da unidade prisional é inadequada para atender às necessidades das mães e das crianças, resultando em atrasos nos atendimentos de saúde. Ela classificou a situação como um “nível muito alto de violação” e encaminhou as denúncias à Justiça para que providências sejam tomadas.
Em resposta, a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que irá apurar as denúncias e que a unidade está passando por reformas, incluindo a cozinha que deve ser entregue em março. Enquanto isso, as presas recebem alimentação de outras unidades. Quanto à mulher que deu à luz no presídio, a secretaria alega que ela recebeu ajuda da equipe de saúde.
A situação na Penitenciária Feminina da Capital paulista é alarmante e demanda ação imediata para garantir o respeito aos direitos humanos das presas e de suas crianças. As denúncias foram encaminhadas à Justiça, e espera-se que medidas efetivas sejam tomadas para corrigir as violações apontadas pela Defensoria Pública de São Paulo.