O documento revela ainda que houve um recuo de 11% nos casos de feminicídio em comparação ao ano anterior. Em relação ao perfil das vítimas, a maioria tinha entre 30 e 59 anos, sendo que 62% eram mulheres negras. Além disso, a maior parte dos crimes aconteceu dentro de residências, com os responsáveis sendo, na sua maioria, companheiros ou ex-companheiros das vítimas.
Os dados analisados indicam que 57% dos autores dos crimes tinham antecedentes criminais, sendo a maioria por violência doméstica. Além disso, o estudo também abordou a questão do consumo de álcool e drogas pelos agressores, mostrando que 21 dos autores eram usuários de drogas e álcool, 15 apenas de drogas e 15 apenas de álcool.
O Dossiê Mulher também destacou a violência psicológica como a forma de agressão mais comum, representando 36% do total de casos registrados. Em relação à violência virtual, houve um aumento de 24% nos casos de violência psicológica nesse ambiente, com destaque para o crime de ameaça.
O Instituto de Segurança Pública ressaltou a importância do trabalho de prevenção e proteção às mulheres vítimas de violência, enfatizando a necessidade de políticas públicas efetivas nessa área. A secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar, reforçou a importância do Observatório do Feminicídio e do trabalho integrado entre as diversas áreas do governo para combater essa grave violência.
O governador Cláudio Castro destacou a prioridade do governo fluminense em enfrentar o feminicídio e proteger integralmente as mulheres vítimas de violência. O lançamento do Dossiê Mulher reforça o compromisso do governo em promover ações de acolhimento, proteção e atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade.