Os pesquisadores apontaram diversas causas para esse aumento, incluindo a falta de dados consistentes para embasar políticas públicas eficazes. O Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome destacou a importância do relatório como base para a elaboração de estratégias mais eficazes de intervenção.
Um dos aspectos abordados no estudo é a desigualdade entre os grupos vulneráveis da população em situação de rua, destacando as disparidades entre mulheres, idosos, crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. O estudo revelou que jovens, analfabetos, negros e indígenas têm maior probabilidade de dormir nas ruas em comparação aos brancos.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania ressaltou a importância de políticas específicas para atender às demandas desses grupos vulneráveis, enfatizando que a população em situação de rua não é exclusividade do Brasil, mas um fenômeno presente em diversos países.
Apesar das reflexões trazidas pelo relatório, os pesquisadores apontaram a necessidade de ampliação dos dados, sugerindo a realização de um censo nacional da população em situação de rua e a integração de dados administrativos para embasar as políticas públicas de forma mais precisa e efetiva. A busca por evidências concretas é fundamental para garantir o atendimento adequado às necessidades dessas famílias em situação de vulnerabilidade social.