Com a proposta de formar um colegiado composto por quatro professores, quatro técnicos administrativos e quatro estudantes, a Comissão da Memória e da Verdade pretende apurar fatos e responsabilidades ocorridos na Uerj no período de 1964 a 1988. Os integrantes estão sendo selecionados levando em consideração critérios como participação em movimentos sociais, ligação com entidades de direitos humanos e defesa da democracia.
A presidente da comissão, Dirce Solis, destacou a importância de resgatar a verdade histórica e garantir a valorização da democracia na universidade. A criação da comissão é uma homenagem ao estudante Luiz Paulo da Cruz Nunes, morto durante uma manifestação em 1968, em frente à Faculdade de Medicina.
Além de investigar os atos ocorridos durante a ditadura, a comissão pretende revogar homenagens feitas a figuras ligadas ao regime militar, como o general Emílio Garrastazu Médici, que recebeu um título honorífico da Uerj em 1974. Dirce Solis ressaltou a importância de reavaliar essas homenagens e reconhecer o sofrimento de estudantes, professores e funcionários da universidade durante o período da ditadura.
A busca pela verdade e pela memória são fundamentais para resgatar e preservar essa história, valorizando o legado daqueles que lutaram pela democracia na Uerj. A comissão irá se dedicar a investigar os fatos ocorridos na universidade e contribuir para a pesquisa e o registro dessas situações, visando promover a justiça e a memória daqueles que foram vitimados pela repressão do regime militar.