DIREITOS HUMANOS – Capital paulista recebe ato unificado pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres com reivindicações e homenagens.



No último sábado, 8 de março, a cidade de São Paulo foi palco de um ato unificado em comemoração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres. Movimentos sociais, sindicais, grupos políticos, coletivos e cidadãos se reuniram na Avenida Paulista para mostrar sua unidade em defesa dos direitos das mulheres.

A concentração do ato ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 14h, e o grupo iniciou uma caminhada em direção à Praça Oswaldo Cruz aproximadamente duas horas depois. A Marcha Mundial das Mulheres, movimento que participou do ato, apresentou o lema “Marchamos contra as Guerras e o Capitalismo, Defendemos a Soberania dos Povos e o Bem Viver”, destacando a importância deste dia como momento de homenagem, festa e, principalmente, de luta.

Maria Fernanda Marcelino, porta-voz da Marcha Mundial das Mulheres, ressaltou a importância da luta contra o fascismo, pelos direitos das mulheres e contra o avanço do conservadorismo, especialmente em questões como a legalização do aborto. Ela enfatizou a necessidade de ampliar o direito ao aborto, que enfrenta resistência da extrema-direita.

Além de protestar contra a violência contra as mulheres, como estupro, feminicídio e exploração no trabalho doméstico, as manifestantes também reivindicaram o fim da escala 6×1 como uma das pautas principais do ato deste ano. A redução da jornada de trabalho é um tema de grande relevância na vida das mulheres, que muitas vezes enfrentam a dupla jornada, conciliando trabalho remunerado com tarefas domésticas e cuidado de pessoas.

Outras reivindicações do ato incluíram salários dignos, igualdade de direitos, trabalho decente, justiça reprodutiva e climática, além de protestos contra o racismo, o fascismo e a violência policial. A solidariedade internacionalista também foi destacada, com menções às mulheres saarauís e palestinas que enfrentam desafios em seus territórios devido a conflitos geopolíticos.

O evento contou com a presença de diversas entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), reforçando a importância da unidade na luta pelos direitos das mulheres. O ato deste ano foi marcado por discursos que reforçaram a resistência e a necessidade de fortalecer a luta por igualdade e justiça para todas as mulheres.

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