Além do pedido de perdão, o Banco do Brasil anunciou uma série de medidas que visam promover a igualdade e a inclusão étnico-racial, bem como combater o racismo estrutural. Entre essas ações, o BB promoverá a inclusão de uma cláusula nos contratos de fornecedores para promover a diversidade, equidade e inclusão nos quadros de pessoal dessas empresas. Também está em planejamento o encaminhamento de jovens participantes do programa Menor Aprendiz do BB para o mercado de trabalho, além do lançamento de um edital de Empoderamento Socioeconômico de Mulheres Negras em parceria com o Ministério da Igualdade Racial.
Internamente, o Banco do Brasil lançará o programa “Raça é Prioridade” para selecionar e desenvolver a carreira de até 150 funcionários pretos e pardos, com potencial para atuar como líderes na empresa. Além disso, será realizado um workshop sobre a promoção da diversidade, equidade e inclusão com estatais e fornecedores do banco. Para dar visibilidade a essas ações, o BB criou um site específico que trará atualizações sobre as medidas anunciadas e outras que possam ser adotadas no futuro.
A presidente Tarciana Medeiros ressaltou a importância de construir boas práticas de forma articulada com o diálogo aberto com movimentos negros e outras instituições públicas e privadas. Ela enfatizou que as sequelas da escravatura convocam todos os atores sociais contemporâneos a agir para a promoção da igualdade étnico-racial e a contribuir por meio de ações concretas.
Por se tratar de um banco de economia mista, com a participação acionária do governo federal, o BB é considerado um dos cinco bancos públicos federais do país. Sendo assim, as medidas anunciadas têm o potencial de impactar positivamente na relação com clientes, funcionários, fornecedores e toda a sociedade.
É importante ressaltar que o reconhecimento do papel do Banco do Brasil no processo de escravidão e o compromisso em adotar medidas para combater o racismo estrutural são passos significativos na busca por uma sociedade mais inclusiva e justa. Espera-se que outras empresas e instituições sigam o exemplo e se mobilizem para promover a igualdade étnico-racial em suas práticas e políticas internas.