Segundo Teixeira, os membros do MST estavam dentro do assentamento sem incomodar ninguém, quando os atiradores chegaram para tentar roubar o lote. Diante da situação, os assentados decidiram defender a terra, o que resultou no trágico desfecho com dois membros do movimento mortos. O ministro ressaltou a importância da polícia esclarecer a autoria do crime e garantir a segurança dos assentados, que desejam apenas tocar suas vidas e produzir alimentos.
A ação dos criminosos não abalará o programa de reforma agrária do governo federal, segundo Teixeira, que assegurou que o programa continuará avançando para assentar pessoas, promover a produção de alimentos e garantir a segurança dos assentados. A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, esteve presente no velório das vítimas e reiterou o compromisso do governo federal em apurar o caso e proteger os movimentos sociais que estão enfrentando riscos em São Paulo.
O MST denunciou que a região onde o assentamento está localizado desperta o interesse imobiliário de grupos criminosos devido à sua localização privilegiada. Gilmar Mauro, da direção nacional do movimento, alertou para a participação de milícias armadas e políticos locais no avanço desses grupos. O Partido dos Trabalhadores pediu uma reação rápida das autoridades de segurança, classificando o ataque como um crime contra o país e contra a população. A violência não pode ficar impune, ressaltou o partido, diante da gravidade da situação e dos indícios de envolvimento de uma facção criminosa a serviço de especuladores imobiliários.