DIREITOS HUMANOS – Antropólogo alerta para a naturalização da desigualdade e o tratamento desigual das instituições no Brasil, em seminário internacional.

O antropólogo e professor dos programas de pós-graduação em antropologia e de justiça e segurança na Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Kant de Lima, destacou a questão da desigualdade estrutural no Brasil durante o Seminário Internacional do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da UFF.

Segundo Kant, a naturalização da desigualdade no Brasil é evidente no tratamento desigual de pessoas de diferentes status sociais, tanto no âmbito policial quanto no judiciário. Ele ressaltou que o país sofreu um desmonte das políticas públicas no governo anterior e que reconstruir as políticas passadas não é suficiente. Para ele, é fundamental explicitar essa naturalização da desigualdade e realizar campanhas que evidenciem as disparidades de tratamento institucional no país.

O tema do seminário, que está em sua 10ª edição, é “Políticas Públicas em Perspectiva – a desigualdade como estruturante”. O evento, que acontece de forma presencial, busca discutir como as ideias de igualdade e desigualdade jurídica, econômica e social se manifestam no atual momento político do Brasil, em que se discute a reconstrução das políticas públicas.

Kant participou do seminário e enfatizou a importância de se abordar as desigualdades de tratamento institucional no país, indo além das disparidades entre as próprias pessoas. Ele destacou que a naturalização da desigualdade está enraizada no sistema jurídico, o que reforça a necessidade de campanhas e ações para a sua explicitação.

O evento, que aconteceu entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, teve inscrição gratuita e reuniu pesquisadores e especialistas para discutir formas de lidar com a desigualdade estrutural no Brasil. A temática abordada é de extrema relevância em um país que enfrenta desafios no que diz respeito à garantia de direitos e igualdade de tratamento para todos os cidadãos.

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