O Caribe apresenta um índice alarmante de 17,2% de sua população em situação de fome, enquanto os países da América Central mantiveram-se estáveis, com 5,8%. No entanto, houve uma diminuição significativa no número de pessoas com insegurança alimentar na região em 2023 em comparação com os anos anteriores.
Essa melhora é atribuída a melhores indicadores econômicos em países da América do Sul e à implementação de políticas que visam aumentar o acesso da população a alimentos de qualidade. Os dados de 2023 também apontam para uma redução nos níveis de pobreza, pobreza extrema, desigualdade e um aumento nos níveis de emprego e salário mínimo.
Durante a apresentação dos dados para a imprensa, Mario Lubetkin, subdiretor-geral e representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, destacou a importância de se combater a fome e promover sistemas agroalimentares mais resilientes. Ele ressaltou que, embora tenha havido progressos em 2023, grupos minoritários, como mulheres e moradores rurais, continuam sendo os mais afetados pelos eventos climáticos extremos.
O acesso a alimentos saudáveis ainda é um desafio devido aos altos custos, enquanto os ultraprocessados, mais baratos e menos nutritivos, continuam acessíveis às famílias de baixa renda. Além disso, a região enfrenta desafios como a obesidade infantil e a desnutrição, indicando a necessidade de políticas de controle mais eficazes para enfrentar esses problemas de saúde pública.
Portanto, apesar dos avanços, a América Latina e o Caribe ainda têm muito a fazer para garantir a segurança alimentar e nutricional de sua população, especialmente diante dos desafios impostos pelos eventos climáticos extremos e pela desigualdade social. Medidas urgentes e eficazes precisam ser adotadas para garantir que todos tenham acesso a alimentos de qualidade e nutrição adequada.