Os dados compilados pelo Instituto revelam que 67% das chacinas envolvem a presença de policiais, resultando em 261 mortes. Diante desse cenário, a coordenadora regional do Fogo Cruzado na Bahia, Tailane Muniz, ressaltou a importância de repensar a política de segurança pública em prol da proteção dos cidadãos.
Muniz enfatizou a necessidade de priorizar a proteção da população em detrimento do confronto, indicando que os moradores da região afetada pela operação policial enfrentaram 7 horas de tiroteio e suspensão do transporte público. Questionando os resultados dessa ação, a coordenadora destacou a demanda por uma política eficiente que atenda às expectativas da população.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a Polícia Militar intensificou o policiamento na região afetada para conter a violência e garantir a segurança dos moradores. A SSP relatou que durante a operação policial, um amplo arsenal foi apreendido, incluindo armas de fogo, munições, drogas e balanças de precisão.
A Secretaria também assegurou que todas as circunstâncias do confronto estão sendo investigadas pela Polícia Civil, conforme os protocolos legais. A ação policial foi destacada como pontual e sem ligação com o carnaval, reforçando o monitoramento constante na região para assegurar a tranquilidade dos moradores.
O Instituto Fogo Cruzado define chacina como qualquer evento em que três ou mais civis são mortos a tiros na mesma situação, independentemente da motivação. Os dados da ONG apontam que Salvador lidera o ranking dos municípios com o maior número de ocorrências na Bahia, com 63 chacinas registradas desde 2022.
Diante do alarmante número de vítimas de chacinas na região, a sociedade e as autoridades locais são instigadas a repensar e reformular as estratégias de segurança pública, visando a proteção e a promoção da segurança de todos os cidadãos.