A criatividade e a diversidade de estilos foram os pontos altos da Parada. Das drag queens com visuais elaborados até pessoas fantasiadas de super-heróis ou inspiradas em fetiches eróticos, o desfile foi marcado por uma explosão de cores e estilos. Além disso, o verde-amarelo, cores da bandeira nacional, ganharam destaque este ano, em uma iniciativa da organização do evento para mostrar que as cores do Brasil pertencem a todos.
A Avenida Paulista se encheu de música e alegria, com trios elétricos animando o público ao longo do percurso. Nomes como Pablo Vittar, Banda Uó, Gloria Groove e Filipe Catto garantiram a trilha sonora da festa, que teve início em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiu em direção à Rua da Consolação.
No entanto, além da celebração, a Parada também trouxe à tona questões importantes. Com o tema “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo! Vote Consciente por Direitos da População LGBT+”, os participantes manifestaram preocupação com a falta de avanços legislativos em questões que afetam a comunidade LGBT+.
Entre as reivindicações está a inclusão no mercado de trabalho, tema sensível para muitas pessoas que participaram do evento. Muitas travestis e homens trans ainda enfrentam dificuldades para encontrar emprego fora do mercado do sexo pago, como relataram alguns dos presentes na Parada. No entanto, o evento também foi marcado por momentos de alegria e amizade, com pessoas como a jovem Thalía Vitorelli buscando se divertir e encontrar apoio entre amigos.
Para Teresa Vaz, uma drag participante da Parada, o evento foi uma oportunidade de se conectar com diferentes lutas e entender melhor as questões que envolvem sua identidade. Vinda da Venezuela, Teresa destacou a importância da militância contra o racismo no Brasil, onde encontrou apoio e identificação com suas próprias experiências.
Assim, a 28ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo foi mais do que uma celebração: foi um espaço de expressão, reivindicação e solidariedade, onde a diversidade foi o grande destaque do dia.