Cibele enfatizou a necessidade de capacitação dos profissionais que atuam na educação e saúde, propondo, inclusive, a criação de um Código de Defesa do Autista Alagoano. Este código visaria promover o treinamento específico para que esses profissionais possam oferecer um cuidado mais qualificado às crianças autistas. Em sua fala, a deputada questionou a falta de preparo no âmbito das universidades e sugeriu a instalação de câmeras nas salas de aula e nos espaços de terapia. Para ela, tais medidas poderiam inibir comportamentos inadequados e garantir um ambiente seguro para os alunos.
Durante o debate, o deputado Cabo Bebeto, do PL, complementou a discussão apontando para a falta de dados sobre o número de crianças autistas no estado, destacando a importância de um censo para guiar ações planejadas e eficazes. Ele também criticou a baixa remuneração dos monitores estagiários, cuja carga emocional e exigência do trabalho não são condizentes com o salário oferecido. Esta situação acaba por gerar uma alta rotatividade de profissionais, prejudicando ainda mais o atendimento aos alunos.
Por sua vez, o deputado Alexandre Ayres, do mesmo partido de Moura, trouxe insights de sua experiência como ex-secretário de Saúde. Ayres salientou que, apesar de reconhecer a falta de remuneração justa, a responsabilidade de pagamento dos auxiliares cabe às prefeituras, não ao governo estadual. Ele também criticou medidas recentes da Prefeitura de Maceió, que limitam o número de monitores, classificando-a como um retrocesso. Ayres reforçou a necessidade de esforços conjuntos para melhorar a condição das crianças autistas e antecipou novos projetos que prometem ampliar o suporte oferecido a esse público na capital.
Entre propostas de formação e ajustes na gestão, o debate ressaltou a urgência de políticas públicas eficientes e integradas para atender a comunidade autista em Alagoas, buscando um futuro onde todas as crianças possam contar com acolhimento e respeito de maneira digna e inclusiva.