Dilma Rousseff está no Brasil para participar das reuniões do G20, que estão acontecendo no Rio de Janeiro. Desde que assumiu a postura à frente do banco, a ex-presidente tem residido em Xangai, na China, onde está situada a sede da instituição financeira.
Durante sua estadia no Rio de Janeiro, Dilma participou, na segunda-feira, da abertura do evento paralelo do G20, denominado “States of the Future”. O evento, que se prolonga até esta sexta-feira, tem como foco discutir o futuro econômico e industrial das nações. Na sua fala, Dilma pontuou duras críticas ao uso do dólar como moeda de reserva internacional. Ela destacou as dificuldades que esse monopólio representa para o crescimento da indústria em países emergentes e até mesmo desenvolvidos.
“A utilização do dólar como moeda nacional e de reserva internacional cria contradições significativas”, disse Dilma. Segundo ela, é um desafio equilibrar a política de taxa de juros baixa para reindustrializar economias desenvolvidas enquanto, simultaneamente, tenta-se fazer o mesmo em países que necessitam de um dólar mais fraco e taxas de juros baixas para serem competitivos no mercado global.
Essas questões trazidas por Dilma Rousseff são atuais e ressoam com a posição de vários economistas e líderes políticos ao redor do mundo que clamam por um sistema financeiro internacional mais equilibrado. Os BRICS têm buscado alternativas ao dólar para equilibrar o poder de suas economias no cenário global, e essa visão é central para o mandato de Dilma à frente do banco.
O encontro entre Rousseff e Lula é visto como uma oportunidade para alinhar estratégias econômicas que podem beneficiar o Brasil e fortalecer as alianças dentro do grupo BRICS. Dilma, ao comandar o banco, tem a responsabilidade de gerir empréstimos e investimentos que podem influenciar diretamente o desenvolvimento econômico dos países membros. Com a visita de Lula sinalizando um possível alinhamento político e econômico, as expectativas são de melhorias nas políticas de investimento e desenvolvimento industrial no Brasil.
Este encontro é uma peça importante em um complexo quebra-cabeça de política internacional e economia, onde cada movimento e decisão têm um peso significativo no cenário global.