Dilma e Lula se Reúnem no Alvorada Durante Visita ao Brasil para o G20



Nesta sexta-feira, 26 de maio, a ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente ocupando o cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como Banco dos BRICS, teve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Esta reunião não constava na agenda oficial do presidente.

Dilma Rousseff está no Brasil para participar das reuniões do G20, que estão acontecendo no Rio de Janeiro. Desde que assumiu a postura à frente do banco, a ex-presidente tem residido em Xangai, na China, onde está situada a sede da instituição financeira.

Durante sua estadia no Rio de Janeiro, Dilma participou, na segunda-feira, da abertura do evento paralelo do G20, denominado “States of the Future”. O evento, que se prolonga até esta sexta-feira, tem como foco discutir o futuro econômico e industrial das nações. Na sua fala, Dilma pontuou duras críticas ao uso do dólar como moeda de reserva internacional. Ela destacou as dificuldades que esse monopólio representa para o crescimento da indústria em países emergentes e até mesmo desenvolvidos.

“A utilização do dólar como moeda nacional e de reserva internacional cria contradições significativas”, disse Dilma. Segundo ela, é um desafio equilibrar a política de taxa de juros baixa para reindustrializar economias desenvolvidas enquanto, simultaneamente, tenta-se fazer o mesmo em países que necessitam de um dólar mais fraco e taxas de juros baixas para serem competitivos no mercado global.

Essas questões trazidas por Dilma Rousseff são atuais e ressoam com a posição de vários economistas e líderes políticos ao redor do mundo que clamam por um sistema financeiro internacional mais equilibrado. Os BRICS têm buscado alternativas ao dólar para equilibrar o poder de suas economias no cenário global, e essa visão é central para o mandato de Dilma à frente do banco.

O encontro entre Rousseff e Lula é visto como uma oportunidade para alinhar estratégias econômicas que podem beneficiar o Brasil e fortalecer as alianças dentro do grupo BRICS. Dilma, ao comandar o banco, tem a responsabilidade de gerir empréstimos e investimentos que podem influenciar diretamente o desenvolvimento econômico dos países membros. Com a visita de Lula sinalizando um possível alinhamento político e econômico, as expectativas são de melhorias nas políticas de investimento e desenvolvimento industrial no Brasil.

Este encontro é uma peça importante em um complexo quebra-cabeça de política internacional e economia, onde cada movimento e decisão têm um peso significativo no cenário global.

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