Dia Mundial da Alfabetização: Uma Reflexão sobre o Letramento no Brasil
O Dia Mundial da Alfabetização, celebrado anualmente em 8 de setembro, é uma data que traz à tona uma questão crítica que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Instituído em 1967 pela UNESCO, o dia serve como um lembrete da importância do letramento para o desenvolvimento social e econômico das nações. No Brasil, apesar de avanços significativos nas últimas décadas, a realidade ainda apresenta desafios. Segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de analfabetismo no país permanece em 5,3%, o que representa mais de 9 milhões de brasileiros incapazes de ler e escrever.
Esse quadro evidencia a necessidade premente de fomentar a alfabetização desde a primeira infância. A alfabetização não é apenas o domínio da leitura e da escrita; é um passo essencial para que as crianças compreendam o mundo ao seu redor, desenvolvam habilidades críticas e se expressem efetivamente. Especialistas em educação apontam que o aprendizado inicial, preferencialmente entre os 6 e 7 anos, deve ser respaldado por uma interação rica com a literatura.
As orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfatizam que o ensino da leitura e da escrita deve ser estruturado até o 2º ano do Ensino Fundamental. Assim, a literatura se torna um recurso vital, tanto dentro quanto fora das salas de aula, pois amplia o vocabulário e pulsa um repertório cultural que será fundamental ao longo da vida.
A importância de introduzir a literatura na infância se estende além da simples educação formal. O hábito de ler não só estimula a criatividade e a cognição, mas também favorece a sociabilidade das crianças. Para que esse interesse ganhe corpo e se solidifique, é crucial criar um ambiente acolhedor e atrativo para a leitura. Sugestões práticas incluem a montagem de um espaço de leitura em casa ou na escola, com livros de fácil acesso e uma disposição que convide as crianças a explorá-los.
Expertos recomendam uma seleção cuidadosa de livros adequados à faixa etária, priorizando obras ilustradas que puxem a atenção dos pequenos, além de transformarem a leitura em uma brincadeira divertida. Práticas como encenações e rodas de leitura favorecem não apenas a compreensão textual, mas também o desenvolvimento do pensamento crítico e a empatia.
Como um lembrete, o Dia Mundial da Alfabetização não é apenas uma data no calendário, mas uma oportunidade para que todos reflitam sobre as práticas que podem contribuir para um futuro em que todos tenham acesso ao conhecimento e à educação. A luta contra o analfabetismo e pela promoção do letramento deve ser uma prioridade de todos, pois letramento é, acima de tudo, uma forma de cidadania e autonomia.
