Destinos turbulados: moradores adotam medidas extremas para afastar turistas em lugares tradicionalmente procurados por viajantes no mundo.



Tradicionalmente, hordas de turistas eram sinônimo de prosperidade para cidades ao redor do mundo, que se esforçavam para atrair cada vez mais visitantes. No entanto, muitos destinos populares entre os brasileiros agora estão enfrentando um problema inverso: residentes locais estão adotando estratégias para evitar a presença excessiva de turistas, incluindo a imposição de taxas, limites diários de visitas e até mesmo a proibição de circular ou tirar fotos em determinados locais.

Esse fenômeno, conhecido informalmente como “turismofobia” ou “overturismo”, reflete a insatisfação dos moradores com as consequências do excesso de turistas em suas localidades. Entre os motivos para essa insatisfação estão o aumento da violência, do trânsito e o esgotamento da infraestrutura, como água, energia e esgoto.

Profissionais que estudam o tema apontam diversos problemas decorrentes do excesso de turismo, como congestionamento de trânsito, aumento do barulho, perda da identidade local e substituição de comércios tradicionais por grandes empreendimentos.

Exemplos desse fenômeno podem ser observados em diversos destinos turísticos ao redor do mundo, como Barcelona, na Espanha, que enfrenta manifestações de moradores contra o turismo excessivo e planos de proibir aluguéis de curto prazo. Situações semelhantes ocorreram em Maiorca, Veneza e Amsterdam.

No Japão, o aumento do turismo internacional após as Olimpíadas de Tóquio também gerou desconforto entre a população local, levando a medidas como o fechamento de ruas em cidades como Kyoto. No Brasil, cidades como Ubatuba, em São Paulo, têm tomado medidas como a implantação de taxas para veículos com o intuito de controlar o fluxo turístico.

Diante desse cenário, especialistas defendem a necessidade de debater o assunto de forma ampla, envolvendo autoridades, estudiosos e moradores, a fim de encontrar soluções inovadoras para os conflitos gerados pelo excesso de turismo. A educação e o diálogo são apontados como caminhos para garantir a sustentabilidade dos destinos turísticos e preservar a qualidade de vida das comunidades locais.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo