Dados do Relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas revelam que o Brasil é o 10º país mais desigual do mundo, evidenciando a dificuldade de mudar essa realidade. Filhos de famílias ricas têm muito mais chances de permanecer no topo da pirâmide social do que aqueles provenientes da base. A imobilidade social é uma realidade que perpetua a desigualdade no país, conforme apontado por Fernanda Perrin, do IBGE.
Outro fator que contribui para a falta de igualdade de oportunidades é a educação. O sistema educacional brasileiro não tem sido eficaz em eliminar as desigualdades que começam desde o nascimento. A pesquisa do IBGE destaca que a ascendência educacional dos pais influencia diretamente nas chances de sucesso dos filhos, criando uma barreira intergeracional difícil de ser transposta.
Os dados também apontam para a discrepância na qualidade da educação entre escolas públicas e privadas. Alunos provenientes de instituições particulares têm muito mais destaque nas melhores notas do Enem, demonstrando a desigualdade na formação educacional.
Diante dessas evidências, é necessário repensar as políticas educacionais e sociais do Brasil para promover uma efetiva igualdade de oportunidades. A desigualdade social e educacional só contribui para a perpetuação de um ciclo vicioso que impede o desenvolvimento pleno da sociedade brasileira. É urgente a implementação de medidas que possam garantir a todos os cidadãos um acesso justo e igualitário à educação de qualidade, buscando assim reduzir as disparidades e construir um país mais justo e equitativo para todos.