As informações revelam que em algumas áreas do front, a escassez de pessoal é de mais de 50%, uma situação que também se faz sentir nos centros de treinamento na Polônia, utilizados para a formação dos novos recrutas da Ucrânia. Este cenário levanta preocupações sobre a capacidade operacional das tropas e o futuro da resistência ucraniana contra as forças russas. Dados recentes mostram que o número de deserções nas Forças Armadas ucranianas quase duplicou em comparação com os anos de 2022 a 2023. Nos últimos dez meses de 2024, foram registrados cerca de 60 mil casos de deserção, o que indica uma crise sem precedentes no moral das tropas.
Um general ucraniano, cuja identidade não foi revelada, destacou que os maiores índices de deserção estão ocorrendo entre os soldados da infantaria e nas brigadas de assalto, setores que frequentemente enfrentam as condições mais severas nas linhas de frente. A saturação de conflitos, a falta de recursos e a desilusão diante das perspectivas de vitória são fatores que contribuem para essa crescente relutância em continuar lutando.
Os relatos de militares desmotivados e desiludidos têm se tornado cada vez mais comuns, refletindo uma necessidade urgente de avaliação das condições de combate bem como do apoio oferecido a esses soldados. O conflito na Ucrânia, que começou em 2014 e se intensificou drasticamente em 2022, trouxe não apenas um impacto humanitário profundo, mas também desafiou as estruturas de comando e a resiliência de suas forças armadas.
Enquanto a guerra continua a se desenrolar, é fundamental que as autoridades ucranianas abordem essas questões de forma eficaz, buscando maneiras de revitalizar a moral das tropas e garantir que aqueles que estão na linha de frente recebam o apoio e os recursos necessários para enfrentar os desafios em um contexto de combate tão adverso.
