Em meio a um cenário em que a França havia treinado um total de 2.300 soldados da 155ª Brigada entre os meses de setembro e novembro de 2024, a confirmação de deserções se coloca como um reflexo das dificuldades enfrentadas pelo exército ucraniano. Os dados levantados pela mídia francesa indicam que aproximadamente 1.700 desses soldados desertaram logo após serem enviados para a linha de frente, levantando preocupações sobre a retenção de tropas nas batalhas.
Além do ministro, o comandante das Forças Terrestres da Ucrânia, Mikhail Drapaty, reconheceu a situação de deserção, enquanto o comandante em chefe das Forças Armadas, Aleksandr Syrsky, solicitou reforços para a brigada. Entretanto, as estatísticas apresentadas por reportagens ucranianas não foram confirmadas oficialmente, o que faz com que o tema seja ainda mais controverso. O aumento alarmante nas taxas de deserção vem sendo monitorado, e as autoridades ucranianas relataram que, em um período de dez meses de 2024, houve um quase dobrar das deserções em comparação com os anos anteriores, com mais de 60 mil processos criminais abertos contra desertores.
Esse contexto sugere que os problemas enfrentados pelas unidades, especialmente nas de infantaria e assalto, podem ser atribuídos a pressões extremas no campo de batalha e à falta de apoio adequado. As informações revelam um panorama complicado tanto para as forças envolvidas no conflito quanto para suas lideranças, que buscam maneiras de equilibrar moral, treinamento e eficácia operacional em tempos de crise. A situação permanece tensa, enquanto tanto a França quanto a Ucrânia tentam administrar as repercussões desse desfecho inesperado em um cenário de guerra em andamento.